Conselho Pastoral dos Pescadores do Baixo São Francisco

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É um blog que trata da luta e organização de Povos e Comunidades Tradicionais e Ações Socioambientais, em especial das Pescadoras e Pescadores Artesanais. O nome "Pirá" é um nome do peixe exclusivo do Rio São Francisco, ou Rio Opará, como os antigos moradores - os Povos Índigenas o chamavam.O Peixe Pirá, na língua indígena significa tamanduá porque é parecido com o Tamanduá por causa de seu focinho.Tem cerca de 60 cm de comprimento, corpo e focinho alongados, dorso azulado ou esverdeado-escuro, flancos amarelados, ventre esbranquiçado, nadadeira caudal lunada e com uma mancha escura. Também é conhecido como "bom-nome". O Pirá é o símbolo do Rio São Francisco e se encontra em processo de extinção. Através dele falaremos da Pesca Artesanal, dos Peixes, das Águas e da Vida das Comunidades Tradicionais Pesqueiras.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fazendeiros quebram cercas da comunidade quilombola de Resina

Cerca de 40 homens entraram ontem (31/08) na comunidade de Resina, em Brejo Grande, Sergipe, para destruírem plantações e quebrarem as cercas que demarcam o território quilombola recém-criado e que abriga mais de 50 famílias de pescadores.

A ação capitaneada pelo fazendeiro Josan Góes demonstra o acirramento dos conflitos por terra, desde que o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) iniciou a demarcação da área de 174 hectares, no ano de 2010.

O cercamento da área, realizado pelo INCRA, foi feito a pedido do juiz da 2ª Vara Federal de Sergipe, Ronivon de Aragão. O objetivo da medida foi evitar conflitos na área, até que sejam finalizados os procedimentos administrativos relacionados à demarcação do território.

Às 15 horas de hoje foi iniciada uma audiência na sede do Ministério Público Federal com a participação de representantes da comunidade de Resina, do Ministério Público Federal, do INCRA e da Secretaria de Direitos Humanos do estado de Sergipe. Cerca de 40 famílias também estão ocupando a sede do INCRA para pressionar na decisão do impasse.

Histórico de Conflitos
Desde 2006 as famílias Quilombolas de Resina vêm sofrendo inúmeras ameaças, com a queima de suas casas, destruição de roças, impedimento da pesca nas lagoas marginais e manguezais, entre outros tipos de violência contra a vida e seu patrimônio de uso coletivo. A ameaça inicial partiu da Norcon (Sociedade Nordestina de Construções S/A), que pretendia construir um luxuoso hotel, no lugar onde historicamente vivem as famílias pescadoras artesanais quilombolas de Resina.



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Ingrid Campos
Articulação Popular do São Francisco - Assessoria de Comunicação
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